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Calypso

03/03/2008
Calypso

...no controlo das pragas!



Calypso é um novo insecticida do grupo químico dos cloronicotinilos ou neonicotinóides(CNI). Este novo produto contem a substância activa tiaclopride que vem reforçar a tradição estabelecida com Confidor e Gaucho, produtos introduzidos recentemente nos anos 90, e acolhidos de forma muito entusiástica pelos agricultores, técnicos e os demais intervenientes no mundo agrícola.

Calypso é uma suspensão concentrada (SC), com 480 g de tiaclopride por litro de produto comercial e com o APV nº 3543 concedido pela DGPC com a classificação toxicológica nocivo (Xn), para já em 3 finalidades, o bichado da macieira e pereira e o escaravelho da batateira.

A Bayer CropScience sempre na vanguarda da investigação vem mais uma vez alargar o espectro e flexibilidade de utilização dos modernos insecticidas foliares, com Calypso, a mais recente evolução na família de produtos CNI que agora chega ao mercado português.

→ Selectivo para os auxiliares

Calypso é um insecticida foliar com baixa toxicidade aguda para mamíferos e inócuo para insectos polinizadores (ex.: abelhas). Outros importantes organismos auxiliares, como os ácaros fitoseídeos, crisopídeos, etc., são ligeiramente ou mesmo não afectados.


→ Modo de acção inovador (CNI)

Após a pulverização, a substância activa de Calypso distribui-se de forma muito homogénea nos tecidos vegetais, dado o seu transporte translaminar e sistémico.

Sobre os insectos a acção faz-se sentir por contacto com a cutícula, bem como por ingestão. A nível bioquímico, tal como outros CNI, o Calypso vai actuar no sistema nervoso central dos insectos, por activação e posterior bloqueio dos impulsos nervosos nos receptores acetilcolínicos pós-sinápticos. Actua portanto de forma diferente relativamente a outros insecticidas neurotóxicos, como sejam organofosforados, carbamatos e piretróides, bem como de reguladores do crescimento dos insectos (RCI), tornando o risco de aparecimento de resistências cruzadas com esses insecticidas, pouco provável.

→ Ideal para estratégias anti-resistências

Assim, Calypso ajusta-se perfeitamente a aplicações no âmbito de estratégias de luta anti-resistências, já que estamos perante um modo de acção inovador para o controlo de pragas como o bichado, onde o tiaclopride apesar de ser estruturalmente muito semelhante ao imidaclopride, possui áreas adicionais de aplicação alargando o espectro usual de pragas controladas pelos CNI.


→ Um virar de página no controlo do bichado da macieira!

O bichado das pomóideas é a principal praga em termos de importância económica para os pomares de macieira e pereira em Portugal. Tradicionalmente (anos 80-90) o seu combate era efectuado recorrendo preferencialmente a produtos organofosforados, como o azinfos-metilo, o paratião e o clorpirifos-etilo ou piretróides. Em 1996, as medidas agro-ambientais e o desenvolvimento da protecção integrada em pomóideas condicionaram o abandono desses organofosforados e piretróides e implementaram a utilização de RCI(s) e outros organofosforados, nomeadamente fosalona e fosmete, de maior selectividade para auxiliares.

Após 2000, começou a verificar-se nalgumas regiões do país, problemas de quebra de eficácia em produtos tradicionalmente utilizados, como fosmete, fosalona e RCI. Esta situação pode ser atribuída a dois factores, eventualmente interdependentes: o facto dos tratamentos serem efectuados de forma menos correcta; e também a hipótese de selecção de eventuais mecanismos de resistência.

Neste enquadramento uma correcta gestão da luta contra o bichado deve ser o seguimento de uma série de princípios básicos para uma boa prática fitossanitária, como sejam a adaptação dos tratamentos em função do histórico do pomar, a monitorização do comportamento da praga, o conciliar dos NEA com o modo de acção dos produtos em causa, a alternância de substâncias activas para prevenir e/ou minorar a possibilidade de ocorrência de resistências, o privilegiar produtos selectivos para auxiliares, o controlar da 1ª geração de forma a limitar o desenvolvimento da 2ª geração e o respeitar das características de cada produto.

É em conformidade com estes príncipios que a Bayer CropScience fomenta uma alternância integrada de Calypso e Alsystin, que possuem modos de acção completamente diferentes no controlo do bichado, evitando resistências e preservando os organismos auxiliares.

Calypso e Alsystin são portanto 2 produtos complementares com um excelente perfil para uma abordagem de protecção integrada no combate ao bichado, numa época em que as exigências qualitativas, ao nível produtivo, ambiental e do consumidor final e a possível existência de fenómenos de resistência aos produtos tradicionalmente utilizados em Portugal, muito particularmente os organofosforados, colocam mais uma vez a Bayer CropScience como a empresa com a gama mais adequada ao actual panorama.

O momento óptimo para aplicação do Alsystin, será direccionado à 1ª geração do bichado antes das postura, isto é, cerca de 1 semana após a captura do 1º macho na armadilha sexual, o que se tem verificado cada vez mais cedo de ano para ano.

Quanto ao Calypso esta solução demonstra ter uma grande flexibilidade de aplicação, podendo ser usado na dose de 200 ml/ha tanto na 1ª geração, como na 2ª geração, sendo o momento óptimo de aplicação ao início da eclosão das larvas neonatas (L1), no entanto também poderá ser aplicado antes da postura, dado ter acção ovicida sobre ovos resultantes de postura recente, para além da larvicida.

O Calypso é seguro para os polinizadores, muito particularmente para as abelhas, não interferindo na sua actividade, nem aumentando a sua mortalidade, o que possibilita uma maior flexibilidade no momento de aplicação.

O Calypso é um produto autorizado pela Nestlé para utilização em pomares cujo o destino da fruta sejam as crianças (babyfood), tal a segurança apresentada pelo produto para a cadeia alimentar.


→ Um virar de página no controlo do escaravelho!

No escaravelho da batateira, Calypso significa eficácia e economia. Eficácia ao controlar esta praga chave da cultura da batateira com um impressionante efeito de choque, aplicado a baixas doses (100-150 ml/ha) ao aparecimento das primeiras larvas e economia nos custos de tratamento, resultante da sua grande persistência de acção, de cerca de 21 dias.

Em conclusão, as características especiais de Calypso conferem-lhe um excelente controlo de escaravelho da batateira e bichado das pomóídeas e uma excelente selectividade sobre insectos polinizadores, como as abelhas, constituíndo um virar de página no controlo das pragas!

Calypso