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Calypso: Um virar de página no controlo da psila

25/07/2012, Eng. ºAvelino Balsinhas-Crop Manager BCS
Calypso: Um virar de página no controlo da psila

A investigação e desenvolvimento da Bayer CropScience introduziu recentemente no mercado uma alternativa eficaz para o controlo da psila da pereira.

A psila da pereira é uma praga economicamente importante e com uma grande capacidade para desenvolver resistências aos insecticidas utilizados para o seu controlo. Com a retirada de alguns produtos do mercado, a luta face a esta praga tem estado essencialmente atribuída a uma única substância, a abamectina, aumentando o risco de aparecimento de resistências a esta matéria activa, que caso surja, reduzirá a capacidade do fruticultor para se defender desta tão importante praga.

A investigação e desenvolvimento da Bayer CropScience introduziu recentemente no mercado uma alternativa eficaz para o controlo da psila da pereira, permitindo aos fruticultores e técnicos de fruticultura uma melhor gestão das resistências desta praga. Esta alternativa, é Calypso, insecticida que também é largamente recomendado em produção integrada para o controlo de bichado da fruta e afídeos.

Calpyso é um insecticida neonicotinóide homologado em Portugal para pomóideas, tanto em macieira, como em pereira, no controlo de bichado da fruta, afídeos e psila. Calypso representa um virar de página no controlo das pragas dos pomares, com um efeito rápido e prolongado na planta sobre um largo espectro de pragas picadoras-sugadoras e mastigadoras.

Calypso actua por contacto e ingestão, combinando propriedades sistémicas e translaminares com doses relativamente baixas. Actua ao nível do sistema nervoso dos insectos, nos receptores acetilcolínicos pós-sinápticos, provocando a rápida morte dos insectos das pragas alvo.

Calypso destaca-se também pela sua inocuidade para abelhas, tornando a sua utilização mais flexível ao alargar a sua janela de aplicação. O seu intervalo de segurança em pomóideas é de 14 dias.

Calypso alia efeito de choque e persistência no controlo da psila da pereira, sendo decisiva a oportunidade do momento da aplicação para a obtenção destes bons resultados. Se a aplicação for realizada logo ao início dos primeiros ataques de psila, ao aparecimento da praga, quando forem visíveis as primeiras larvas de psila no pomar, a acção do Calypso faz-se sentir rapidamente após a data da 1ª aplicação e o número de larvas contabilizadas nos rebentos mantem-se estável, sem desenvolvimento da praga. Esta primeira aplicação ocorre normalmente entre o início e meados de Maio.

Posteriormente, no início de Junho, regista-se normalmente um rápido desenvolvimento da praga, de acordo com as condições climatéricas mais favoráveis, daí dever-se optar por uma segunda aplicação, normalmente no início de Junho. Assim, as duas aplicações de Calypso para o controlo da psila são efectuadas normalmente nos estados fenológicos de início do vingamento (BBCH 71) a frutos em crescimento (BBCH 73-75), com intervalo entre elas de aproximadamente 14-30 dias, consoante a pressão da praga e as condições climatéricas mais ou menos favoráveis para o desenvolvimento da praga. Cerca de 3 dias após a segunda aplicação regista-se nas contagens uma boa eficácia do Calypso, tanto sobre larvas jovens (L1 a L3), como no caso das larvas dos estádios L4 e L5. Até aos 14 dias após a data da aplicação, e com os valores de intensidade da praga mais estáveis, a actuação do Calypso continua a destacar-se significativamente pela sua eficácia, quer contra larvas jovens, quer contra larvas mais desenvolvidas.

As aplicações de Calypso com o objectivo de controlo da psila devem ser efectuadas sempre com recurso a pulverização com um alto volume de calda (normalmente 1000 litros de calda por hectare, dependendo do volume da copa das árvores), por forma a molhar bem toda a canópia das árvores.

A dose homologada em Portugal para o Calypso no controlo da psila da pereira é de 200 ml por hectare. Em face dos resultados obtidos em ensaios realizados em Portugal, pode afirmar-se que o Calypso constitui uma boa solução para combater a psila da pereira, aliando efeito de choque a uma boa persistência de acção.

Calypso é eficaz no controlo da psila da pereira e pode ser
usado também no controlo de afídeos e bichado da fruta.

Calypso um virar de página no controlo das pragas!