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Bayer CropScience Ibéria

A Bayer CropScience Ibéria em termos organizacionais é ainda um "recém-nascido". Quais os principais desafios que se coloca ao seu desenvolvimento e por confronto os principais obstáculos?

Para mim o maior desafio foi e continua, em parte a ser, transmitir a minha convicção de que a criação do grupo de países que constitui a Bayer CropScience Ibéria trás consigo muitas vantagens. O peso de ambos os países no seu conjunto cresce dentro da empresa. A melhor coordenação dos projectos de desenvolvimento permite-nos uma maior eficácia. As diversas acções e campanhas na área dos Agro-serviços ou dos Bayclubes criam sinergias. Importantes também são as vantagens para o desenvolvimento do pessoal, porque o intercâmbio entre os países abre novas oportunidades aos quadros da empresa. Como principais obstáculos vejo a resistência á mudança, uma reacção humana que temos que superar.

Quais são os grandes objectivos da Bayer CropScience Ibéria para os próximos anos?

A prioridade número um da Bayer CropScience Ibéria é a de se posicionar como líder reconhecido na área da protecção das culturas na região Ibéria. Para atingir este objectivo temos que crescer mais rápido que os nossos competidores. Isto requer a oferta de produtos inovadores, que temos, flexibilidade comercial para sermos competitivos, serviços diferenciados e o mais importante a melhor equipa de profissionais da indústria no mercado.

Para atingir os objectivos propostos, quais os pressupostos que levaram ao desenho da estrutura da Bayer CropScience Ibéria?

A estrutura actual da Bayer CropScience Ibéria reflecte a necessidade de trabalhar nas diferentes áreas com uma visão Ibérica. Sobretudo nos departamentos técnicos e de marketing criou-se uma única equipa para os dois países. A ideia é a de harmonizar o desenvolvimento de novos produtos e de criar estratégias de cultura, que cobram toda península ibérica. Naturalmente continuando a contemplar as particularidades de certas regiões.

Para o nosso futuro é muito importante aliarmo-nos não apenas dentro da região Ibéria, mas também com todos os países da franja sul da Europa de forma a obter peso, prioridades e pressupostos para os nossos projectos de inovação.

Nas áreas de vendas, fornecimento de produtos e administração mantemos no entanto as estruturas tradicionais.


Bayer CropScience e Agricultura Ibérica

Na sua perspectiva quais são as principais tendências de evolução da Agricultura Ibérica no século XXI?

Hoje em dia na região Ibéria, o agricultor trabalha com uma dimensão média das explorações que não tem nem a metade da dimensão média das explorações dos países da Europa do norte. Associada a pequena dimensão das explorações, a existência de culturas diversas, extensivas e intensivas, leva a que no final preveja que o número de agricultores activos na Ibéria irá diminuir nos próximos anos. Esta tendência é inevitável, para criar explorações que tenham massa critica para alimentar um agricultor e a sua família. Como consequência dos baixos preços ao agricultor em culturas como Olival, Citrinos, Vinha e outras, muitas explorações pequenas não são rentáveis.

Por outro lado, há também que considerar que em muitos lugares não existem alternativas nos outros sectores económicos ao emprego na agricultura. Nestas zonas rurais o futuro da agricultura depende dos jovens, que nem sempre desejam dedicar-se a esta profissão dura e de alto risco. Em termos globais, estou convencido que a agricultura na região ibéria tem futuro, para todos os que trabalham profissionalmente produzindo com qualidade e em conformidade com os desejos do consumidor.

De que forma poderá a Bayer CropScience Ibéria contribuir para "Impulsionar o Futuro da Agricultura"?

O maior desafio para a agricultura é alimentar uma população crescente. Nos próximos 40 anos temos que aumentar a produção de alimentos cerca de 70% para poder alimentar 9 biliões de pessoas. A Bayer Cropscience está empenhada com a sua experiência e tecnologia para enfrentar este desafio com êxito. Parece-me muito importante neste contexto que tanto os nossos colaboradores, como o público em geral nos identifique como uma empresa que contribui activamente para assegurar uma alimentação de qualidade ao nosso planeta. Creio que podemos estar muito orgulhosos deste papel.

Um poeta espanhol, escreveu um dia: "O caminho se faz caminhando!". Uma mensagem final para o novo "caminho" Ibérico"?

Espero que todos nós, antes de fazer algo, nos interroguemos se essa tarefa incorpora realmente valor ao nosso negócio e se nos coloca mais próximo do nosso cliente. Se a resposta for sim, então vamos em frente, com paixão!



Leia na íntegra a entrevista com Rolf Deege na próxima edição da Revista Parceiros 13.