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Ataca essencialmente frutos em maturação, mas também azeitonas verdes, folhas e raminhos. Nas primeiras chuvas do final do verão, os frutos apresentam inicialmente uma ligeira depressão acastanhada na polpa, de aspecto oleoso e forma circular, que vai alastrando, com a destruição parcial ou total da polpa. Depois com humidade elevada, formam-se nos frutos conídios em círculos concêntricos de cor rosada, que o mumificam, alteram a epiderme e levam à sua queda.

Nas folhas e ramos surgem manchas cloróticas amarelo-acastanhadas com margens pouco definidas. Dá-se a queda de folhas e morte de ramos e raminhos a partir da extremidade.

Biologia

O fungo sobrevive do inverno até ao outono nos frutos mumificados, constituindo fonte de inóculo primário para infecções às primeiras chuvas (final do verão - início do outono) ou mantem-se viável na forma epifítica em folhas, até infectar os frutos jovens na primavera-verão.

Estas infecções permanecem latentes durante o verão até ao início da maturação (mudança de cor dos frutos).
A disseminação é feita pela chuva ao separar os conídios e pelo vento que faz a sua dispersão. Os conídios germinam na presença de água e penetram na epiderme, essencialmente por feridas (ex.: orifícios de saída da mosca da azeitona).
Má drenagem e fraco arejamento favorecem a gafa. Os esporos germinam com humidade relativa elevada (>90%) e mais rapidamente com temperaturas maiores (óptimo, cerca de 25 ºC). Os conídios mantêm poder germinativo durante um mês.

O ataque da gafa é facilitado por anos frios, que afetam os tecidos vegetais.

Danos

Meios de luta

Perda de grande parte da colheita, pela queda de frutos e desidratação da polpa. Afecta a qualidade, pela perda de gordura da azeitona e aumento da acidez, alteração da viscosidade e características organolépticas do azeite. Também provoca queda de folhas. A sensibilidade à gafa varia com a cultivar, sendo as mais sensíveis: Galega, Maçanilha, Blanqueta, Bico de corco, Cornicabra, Conserva de Elvas, Redondil e Cordovil de Castelo Branco. A Cobrançosa, Picual, Verdeal alentejana, Verdeal Transmontana, Carrasquenha e Negrinha são menos susceptíveis e a Gordal, medianamente sensível.

→ Evitar plantar em solos com má drenagem.

→ Efectuar podas e limpezas para renovação,
arejamento e iluminação da copa.

→ Protecção adequada contra a mosca da azeitona.

→ Eliminação de frutos gafados, reduzindo o inóculo para o ano seguinte.

→ Controlar infestantes, para baixar humidade relativa.

→ Fazer tratamentos preventivos, em especial
nas primeiras chuvas outonais.

→ Repetir tratamentos ao aparecimento de infecções
secundárias.


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