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PORVID -Associação Portuguesa para a Diversidade da Videira
A Associação Portuguesa para a Diversidade da Videira - Porvid foi constituída com o objectivo de conservar e utilizar a diversidade do património vitícola nacional. Nasceu no ano de 2009 mas, de certa forma, deu continuidade aos trabalhos de Selecção Clonal iniciados em 1978.
Esta associação actua em diversos níveis:
- intervarietal, preservando as diferentes castas existentes e pesquisando castas em cultura, mas ainda hoje não reconhecidas;
- intravarietal, prospectando e conservando amostras de todas as castas autóctones (50.000 clones) no Pólo de Conservação;
- ao nível do compartimento silvestre, prosseguir gradualmente a prospecção de sítios em todo o país e construir modelos de conservação e de utilização;
- comunicar continuamente com o meio envolvente no sentido
da consciencialização da sua importância, da necessidade da
respectiva conservação e da utilização em favor do desenvolvimento.
A Porvid é uma associação de direito privado e agrupa essencialmente 3 tipos de aderentes:
1) os produtores de conhecimento de suporte aos objectivos de conservação e valorização
da diversidade (Universidades e similares),
2) as empresas e associações interessadas e competentes para converterem os resultados em valor e
3) outras organizações directamente interessadas
no desenvolvimento económico e social de regiões vitivinícolas.
Contando ao princípio com 13 fundadores, alargou-se
entretanto para 15 e perspectiva-se um crescimento moderado
no futuro próximo, propiciador de uma elevada capacidade de
intervenção, ainda que compatível com uma gestão leve e flexível, facilmente adaptável a mudanças de contexto próprias dos tempos actuais.
Todas estas acções de preservação da diversidade da videira
têm lugar num Pólo de Conservação recentemente criado. Está
instalado no antigo Posto Experimental de Pegões, tendo o mesmo sido cedido pelo Estado à PORVID por um período de 50
anos. Nos seus 140 ha já se iniciou um trabalho meritório, que visa a conservação de amostras representativas (50-500 clones) da variabilidade de todas as castas autóctones, contando já com 2.000 genótipos e que culminará com 50.000 clones. Este é um trabalho que urge fazer e que não pode ser suspenso ou abandonado sob pena de, a cada dia, assistirmos à perda de diversidade vitícola. Para isso é preciso garantir os meios humanos e financeiros para não colocar em risco este trabalho meritório e fundamental à vitivinicultura portuguesa.
Mediante a realização destes objectivos reforçar-se-á a competitividade e a sustentabilidade do sector do vinho, valorizar-se-á o território e o ambiente e melhorar-se-á a imagem do sector perante a sociedade portuguesa e perante o mundo.